Existe uma necessidade urgente para trazer de volta a natureza e criar novos rendimentos nas encostas e vales da Serra da Estrela. A floresta autóctone é inerentemente mais resiliente ao fogo, uma problemática-chave em toda a Península Ibérica. Novas formas de vida ajudarão a trazer de volta a gestão do território, em serviço da natureza e das comunidades da montanha. Agora, temos a oportunidade de fazer uma nova gestão. Aprender com os mais idosos, que conhecem bem a região, as insfraestruturas a preservar (ex.: levadas), os socalcos, e também os microclimas, a fauna e a flora.

O governo português já identificou a necessidade de financiar projetos que fomentem uma maior gestão do território, reduzindo as monoculturas de pinheiro e eucalipto, e as densidades de mimosa que atualmente ocupam o território (AIGPs). Muita dessa área esteve outrora coberta por carvalhos, castanheiros, medronheiros, … O projeto Bioestrela irá trabalhar, no seguimento do trabalho realizado pelas AIGP, olhando para a biodiversidade e o restauro de habitats que pode vir após a limpeza do território. Assim como as pessoas, em todo o mundo, veem a necessidade de colocar a natureza, a biodiversidade e a renaturalização do território no coração das decisões tomadas para o território, o projeto Bioestrela vem criar áreas-piloto, que servem de exemplo para o restauro ecológico de larga escala, nos vales da Serra da Estrela.

Financiamento bioregional para o restauro da natureza virá pelo valor criado em Certificados (ou créditos) de Biodiversidade. Bioestrela é um projeto-piloto para o novo standard global da biodiversidade – Plan Vivo Nature – dando-lhe o potencial para gerar valor acrescentado necessário para a regeneração cultural e ecológica da Serra.

A escala do problema das monoculturas e do abandono rural é grande, cobrindo milhares de hectares. Igualmente grande é a oportunidade para regeneração e para novas formas de vida, baseadas na valorização da natureza!